Constituição Federal

Art. 5º, inciso

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domingo, 5 de junho de 2011

Lição de AUTORIDADE

 

Um tema que já abordei aqui é a degradação da autoridade e a inversão de valores que vivemos em nossa sociedade. O que chamo de CRISE DE AUTORIDADE!

Recentemente assistimos no Rio de Janeiro a paralisação de um serviço essencial, área da segurança, grupamento de bombeiros, em nome de melhores salários e condições de trabalho.

O concurso público é regido por um edital muito claro em relação a cargos, salários e jornada de trabalho, partindo desse entendimento concluímos que o concursando conhece bem o que lhe será oferecido após o investimento na carreira.

No âmbito dos municípios, é notória a pratica de concursos convocados com prévia lista de aprovados para atender os interesses dos políticos no exercício do poder, o que tem “engessado” os serviços municipais, pois a primeira troca de governante, os “concursados” comprometidos com o governo que o efetivou “encosta” na estabilidade do emprego e emperra todo serviço municipal, esse situação vai modificando a medida que o município é maior. Quando o concurso é no âmbito do Estado ou para preenchimento de vagas no Governo Federal, essa incidência diminui (não que não ocorra).

Retornando a origem do comentário, greve dos agentes do corpo de bombeiros no Rio de Janeiro, e o posicionamento da Autoridade. Poucos políticos teriam a coragem de adotar as medidas com a precisão de decisão e o comprometimento do Governador do Rio, a troca do comando e instauração de procedimentos administrativos para apurar responsabilidade foi uma lição de autoridade emprestada pelo Governador.

Em caso similar no Estado de São Paulo, o posicionamento das autoridades foi bem diferente e a situação se aproximou de uma guerra entre as forças de segurança. Mais recente tivemos greve no transporte coletivo, com a paralisação de algumas linhas de trem, prejudicando milhares de pessoas. Na verdade além do prévio conhecimento dos salários, o movimento grevista com o intuito de ganhar apoio da população reclama de baixo percentual de reajuste oferecido pelo governo, mas não revelam os valores dos salários, os benefícios, gratificações e uma gama de vantagens e privilégios que engordam o salário do servidor.

Na iniciativa privada, onde os salários e as condições de trabalho são bem piores, na hipótese remota de ocorrência de greve, em seguida certamente o quadro será modificado e os trabalhadores substituídos, rigor que não é adotado com os servidores.

Ao longo de minha vida tive um ensinamento que muito levo em conta: somos livres para escolher o trabalho, ninguém é obrigado a se manter em uma empresa se o salário ou as condições não são adequadas. Cabe a cada um ter a dignidade de se qualificar e buscar melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Aos concursados cabe lembrar que existem obrigações a serem prestadas aos contribuintes através de uma qualidade de serviços eficiente, pública e impessoal, sem necessidade de ter que “pagar por fora” pra ter o serviço prestado. A cultura de criar dificuldades para “vender” facilidades deve acabar na máquina administrativa em todos os níveis.

OCUPAR QUARTEL PARA INTIMIDAR O GOVERNO, desrespeitando os colegas que estão cumprindo suas obrigaçõe, querer obrigar a paralisão impedindo colegas de TRABALHAR é um ABSURSO!!!

Que sirva de exemplo para outros governantes a atitude do Governador Sérgio Cabral Filho no episódio.


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