Constituição Federal

Art. 5º, inciso

IV - A livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Divina comédia humana e Paralelas - Belchior


Hoje presto  homenagem a uma pessoa que "desapareceu" mas, faz-se presente infinitamente por sua obra: composições, poesias e canções. Belchior deixa-nos uma imensa saudade e também o ensinamento que nossas mensagens e pensamentos podem se eternizar por serem imprescindíveis. Onde você estiver Valeu Belchior!!!

Para ouvir as músicas basta acessar o link no final deste post. Divina comédia humana um marco na carreira e obra do compositor mas, Paralelas é a música que me encanta e apaixona, então curtam as duas.


Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto

Divina Comédia Humana Belchior  Composição: Belchior


Dentro do carro
Sobre o trevo
A cem por hora, ó meu amor
Só tens agora os carinhos do motor

E no escritório em que eu trabalho
e fico rico, quanto mais eu multiplico
Diminui o meu amor

Em cada luz de mercúrio
vejo a luz do teu olhar
Passas praças, viadutos
Nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar

No Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão

E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu

No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito, grito quando o carro passa
Teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu

Paralelas - Belchior Composição: Belchior

http://letras.terra.com.br/belchior/44459/

Nenhum comentário:

Postar um comentário