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sábado, 17 de agosto de 2013

Nosso Rancho - ponto de captação de água

pomar de frutíferas (goiabeira), ponto de captação de água
e visão panorâmica do "alojamento precário")
Enquanto a energia elétrica não chega, vamos labutando e fazendo o que é possível para manter as atividades. Neste sentido é que iniciamos a limpeza e preparação do local onde será instalado o ponto de captação de água que deverá abastecer os ambientes da Grota do Ipê.

É lamentável que neste momento estamos sofrendo uma intervenção absurda na área. Enquanto a área era usada para pratica de tráfego  "desova" de carros roubados, crime ambiental com destarte irregular de entulhos e todo tipo de resíduos sólido, a polícia NUNCA ESTEVE NO LOCAL.
Agora temos a notícia de que, após a conclusão da extração dos eucaliptos foi lavrado um B.O (610/2013) que deu origem ao I.P (160/2013) no qual é investigado eventual pratica de crime ambiental. Dos atos da Delegacia resultou um A.I.A 284939, já estamos tomando todas as medidas para resolver a situação, inclusive aguardando a fase judicial para fazer o pedido contraposto e reclamar os prejuízos decorrente desse procedimento.

Já temos um relatório preliminar da visita in loco que solicitamos a perito ambiental, que inicialmente aponta:

Relatório de Vistoria “in loco”


Trata-se de vistoria em áreas contíguas delimitadas, porém não demarcadas, solicitada por pessoa interessada.

Da visualização aérea pelo google consegue-se de forma geral notar as diferenças destas áreas sendo que do lado esquerdo percebemos vegetação nativa com folhagem verde de menor intensidade e copas baixas, o que “in loco” observa-se que é uma área com vegetação nativa/floresta (preservada); seguida de área contendo árvores de copas altas e folhagem verde mais escura, o que “in loco” observa-se que é uma área onde existia plantio de eucaliptus (extraídos), não se verifica, nesta área indicação da existência de vegetação nativa ou floresta. Na lateral direita do caminho do meio (sentido rodovia) há uma área com vegetação nativa e a ocorrência de alguns eucaliptus, portanto uma área mista, a qual está absolutamente preservada (fotos), na seqüência da área o que se vê é pastagem.

In loco, observamos na entrada uma porteira com um caminho do meio que dá acesso a segunda área objeto deste relatório, ao lado esquerdo passamos pela área de vegetação nativa (floresta) com grande intensidade e preservada (foto panorâmica da área). Ao final desta área inicia-se em terreno acidentado área onde verificamos a ocorrência de plantio de eucaliptus, que foram extraídos, não há indício de vegetação nativa no local. Olhando para direita observamos uma área com vegetação nativa e a incidência de eucaliptus que permanece preservada. Seguindo observamos que existe uma área com vasta erosão decorrente de águas pluviais que escoam da rodovia, atravessando essa área de erosão tem continuidade a área de plantio de eucaliptus que se estende ao longo de vasta área de pastagem, interrompida por outra área nativa e contínua pastagem após o morro encerrando-se 150 metros após o pé de jaca (altura do Km 59,5). Observa-se que ao longo da rodovia ocorreu queimada indiscriminada que afetou tanto a área de eucaliptus quanto a pastagem.

Com apresentação do Mapa do loteamento Santa Cecília, verificamos que a primeira área verde preservada, é área de lazer da Prefeitura do Município de Nazaré Paulista, a segunda área é indicada como área de particular (anexo).

No caminho do meio, em área acidentada (barranco) observa-se um foco de incêndio isolado com marcas até as proximidades da área de erosão e espalhou-se pelo barranco ate as proximidades da área de lazer da Prefeitura, as arvores que limitam as duas áreas não foram afetadas (queimada) pelo fogo, observando-se que a alta temperatura afetou as primeiras folhagens destas árvores, porém sem causar danos as mesmas que permanecem no local.

Próximo a área mista, do lado de lá da erosão, também é possível observar o início de um foco de incêndio que não se propagou, portanto não atingiu a vegetação nativa ali existente.

Adentrando a área de erosão, notamos a existência de uma mina d’água, é comum caracterizar o acúmulo de água em determinadas áreas como nascente ou olho d'água, no entanto se a água disponível procedente do subsolo não for suficiente à manutenção do ecossistema ao qual se associa, esta área não caracteriza-se como nascente. No local não há formação de rio, riacho, córrego ou ribeirão, observamos que, ao seguir o curso d’água não existe uma foz, a mesma se dilui sendo absorvida no próprio terreno, retornando ao lençol freático. Dessa observação podemos afirmar NÃO TRATAR-SE DE NASCENTE.

Sob o aspecto ambiental, nascente é uma área onde há a exsudação natural de água subterrânea de forma a possibilitar a formação e a sustentabilidade de uma biocenose associada à água que disponibiliza, in casu não verificamos o elemento essencial à caracterização da nascente sob o aspecto ambiental.

É o relatório! 

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